O
fato de alguns dos estudantes de turismo do sexo masculino serem homossexuais não
é novidade para muita gente. Mas, pouco tenho lido sobre o que realmente se
passa na cabeça desses estudantes, bem como suas ambições, frustrações e confissões.
Como
nunca li nada deles, decidi aqui, explanar um pouco mais sobre a minha
realidade, em especial sobre o campo de atuação.
Ser
turismólogo no Brasil não é uma tarefa fácil, pois temos que travar uma luta
todos os dias para conquistar nossos espaços nos mercados consolidados e que
mal pagam e desprezam a maioria dos profissionais, quem dirá um profissional
não regulamentado. Mas, ser turismólogo e gay, será que é uma jornada árdua?
Sempre
me questiono isso, pois sempre escuto profissionais formados questionando dos
seus cargos, salários e condições, contudo, em contraponto, vejo inúmeros
profissionais homossexuais que também reclamam da aceitação do mercado.
Ora,
o que ocorreria então se juntássemos dois nichos sociais em um só individuo? Um
turismólogo gay?
Bom,
de certa forma acredito que na conjuntura atual isso não seria um problema,
dado a evolução e a desmitificação do “ser homossexual” em relação a sua função
na sociedade, dado que em muitos cargos os homossexuais possuem preferencia,
pois sabem lidar com o público e possuem uma maior desenvoltura.
Talvez,
se estivéssemos em outros tempos as dificuldades fossem mais expressivas e conflitantes
ao individuo e ao grupo no qual ele se insere.
Portanto,
as centenas de turismólogos e futuros turismólogos digo uma única coisa: Ser
gay não é fácil, ser turismólogo não é fácil, mas acho que essa combinação pode
dar certo, afinal já nascemos com o gene da determinação e, matar um leão por
dia se torna fácil quando se pisa em ovos.
Acredito, também, que não devemos mostrar nossa força nas paradas gays (isso porque muitas vezes o tiro sai pela culatra), mas que devemos mostrar nossa força como sendo os melhores profissionais de cada profissão, pois só assim seremos reconhecidos como seres capazes, não inferiores ou superiores a ninguém, mas sim capazes.
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