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Será que teremos transformações no Turismo pós-COVID-19? É melhor repensar...

    Desde que a pandemia começou e até agora, em seu suposto “fim”, já participei de dezenas de conversas, lives e reuniões discutindo o cenário do turismo pós-Covid-19. Alguns pesquisadores dissertam que o comportamento do consumidor irá se alterar, destinos não massificados serão consumidos, os turistas pesquisaram por destinos menos afetados pela Covid-19 e que sigam as normas sanitárias, além disso, mencionam que novos segmentos do turismo irão surgir e este nunca mais será o mesmo! Mas, será que é isso mesmo?

Observando como os estabelecimentos estão retornando a “normalidade”, principalmente os shoppings no Brasil¸ fica difícil acreditar que aprendemos algo com a quarentena. Quando ligamos os noticiários já é possível ver aglomerações nas praias, parques e avenidas, desrespeito às normas sanitárias, aos profissionais da saúde e até aos guardas civis (afinal todo mundo parece que adora dar carteirada).

Aqui no Brasil ouvimos, lemos e vimos que durante a quarentena milhares de pessoas contraíram o coronavírus e outras tantas faleceram. Mas mesmo assim, encontramos no caminho do trabalho pessoas sem máscara ou com o adereço no queixo.

Afinal, o que quero dizer com isso?

Todas as tendências que ouvimos sobre o mercado turístico, talvez não se apliquem ao país tupiniquim. Pois aqui, a quarentena não foi entendida como algo necessário, sério e indissociável ao contágio. Por aqui, as coisas já estão voltando ao “normal”, e as previsões de 2 anos, 1 ano ou 6 meses, para o público voltar a consumir o turismo, talvez sejam adiantadas em 2 meses.

As transformações que se observa são as impostas pelo Poder Público à iniciativa Privada, consequentemente impactando na vida cidadã. Poucos são os civis que realmente adotaram, e permanecerão adotando, o uso de máscaras, distanciamento social e o uso de álcool em gel após da restituição do fim da quarentena.

Estamos neste momento nos comportando diferente em bares, restaurantes, parques e avenidas por imposição dos órgãos responsáveis, pois se essas “limitações” não existissem, talvez o litoral paulista estaria massificado nesse exato momento. Queria eu imaginar como seriam as festas de Fim de Ano e Carnaval sem a intervenção do Governo.

Mesmo morando em São Paulo, sou nascido e criado em Joanópolis, durante a quarentena o município fez barreiras para conter a entrada de visitantes da capital paulista. Em todos os fins de semana pude vivenciar dezenas de pessoas barradas no Portal Turístico de Joanópolis, e essas reclamavam, brigavam e xingavam os oficiais por não permitirem seu acesso. A curva de contágio do coronavírus no interior está ascendente, mas mesmo assim, a capital se flexibiliza e o interior, sem infraestrutura, padece.

Não podemos negar o quanto a balança comercial do turismo foi impactada negativamente nesse período, e realmente levará alguns anos para se recuperar. Não posso dissertar sobre a realidade europeia, pois talvez lá, o comportamento do consumidor e os segmentos do turismo sejam transformados, e o turismo só renasça em 2021. Entretanto por aqui, a história é outra.

Mas e aí, será que o comportamento do consumidor e o trade turístico realmente foi alterado?


Comentários

  1. Muito boa a reflexão! Basta aguardar como a doença vai se comportar também...

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    1. Com toda certeza, não sabemos se haverá outro pico da doença. Mas com a descoberta da vacina, provavelmente as pessoas se sintam mais livres. Ontem conversei com uma amiga, que é guia aqui em São Paulo, ela disse que mesmo durante a pandemia recebeu pedidos de passeio.

      Excluir

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