Simpsons- Imagem Retirada da Internet |
Nas
últimas semanas vimos a maior potência do mundo eleger o seu novo presidente.
Não é a primeira vez que abordo aqui temas como eleições e as suas influências
no turismo, no entanto sempre abordei de uma forma mais nacional, mas agora o
panorama é o internacional.
Após
a eleição de Donald Trump como novo presidente dos Estados Unidos da América, o
mundo se dividiu entre pessoas a favor e contra. No Brasil, o panorama
internacional ganhou força e fluiu pelas redes sociais.
Durante
a campanha, Trump fez uso de um discurso de ódio, seja contra imigrantes,
mulheres, negros, comunidade LGBT e tantos outros povos vivem no mundo. Ao
México disse que iria criar um muro para separar os países e quem pagaria seria
o México, ao Brasil disse que somos porcos latinos.
Além
desses discursos, a campanha se voltou para o nacionalismo dos EUA e a sua
posição como raça desenvolvida frente às outras.
No
entanto, posições contra e a favor dividiram opiniões também no Brasil e em
quase todos os grupos de debates se ouvia a seguinte pergunta: “Você é
brasileiro, no que isso o afeta?”.
Mas
quem nunca sonhou em ir à Disneylândia ver o Mickey, passar o fim de ano em
Nova Iorque, tirar uma foto na Estátua da Liberdade, fazer umas comprinhas em
Miami, beber uma cervejinha no Texas ou simplesmente cruzar a ponte em San
Francisco?
As
ações relacionadas à entrada ou saídas de imigrantes, sejam eles turistas,
visitantes, residentes e outros são tomados pelo governo, assim, se o governo
acredita que determinado povo não deve vir ao seu país por inúmeros motivos,
cabe a ele criar leis para que dificulte ou iniba a entrada desses povos.
Isso
já ocorre com voos que vem do Oriente Médio para os Estados Unidos, pois esses
voos possuem mais fiscalizações, diferentes dos demais. Ou seja, uma ação
governamental faz com que a entrada se torne mais restritiva.
Assim,
se o novo presidente acredita que somos “porcos latinos” por qual motivo o
mesmo gostaria de ter “porcos” no seu quintal?
Medidas
como essas são vistas também no Brasil, quando um município limita o número de
visitantes em um atrativo ou cria regulamentações para entrada de ônibus. Ou
seja, estas são decisões politicas, que envolvem os pensamentos advindos de
seus comandantes (prefeitos, presidentes, ministros e etc.).
Um
governo intolerante cria uma população intolerante, medidas intolerantes, leis
intolerantes e assim um turismo intolerante. Um turismo intolerante que não
tolera gays, lésbicas, negros, latinos, mulheres e tantos outros segmentos da
sociedade.
Não
estou aqui para gerar discussões do que será o governo de Trump, mas os EUA são
grandes formadores de ideias e suas ideias são seguidas por milhares de pessoas
e países, ou seja, o que se cria lá pode ou não ser adotado por outros países e
essa adoção pode ser maligna para o futuro do mundo.
Olhar
para a vertente do turismo para esses aspectos não é buscar esquecer os outros
olhares, mas sim acrescentar um novo olhar, uma nova maneira de ver e entender
o mundo. Pois na era atual, na era global, os países e as pessoas se conversam,
tudo está conectado e tudo pode ser mudado de maneiras muito mais rápidas.
Este
texto não buscou pontuar uma posição frente às eleições dos Estados Unidos, mas
sim um único objetivo: plantar uma semente do turismo sustentável, o turismo de
todos, seja para mim, para você, para idosos, crianças, adultos, jovens,
Artigo publicado na Revista Bragantina Online:
GONÇALVES, L.G.M. Será que queremos um turismo intolerante? Revista Eletrônica Bragantina On Line. Joanópolis, n.61, p. 16-17, nov. 2016.
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