Arvore de Chiclete |
As
pessoas vivem comentando que viajar para fora do Brasil é melhor do que viajar
pelos nossos destinos. Mas, será que elas realmente sabem vivenciar os destinos
brasileiros?
Recentemente
tive a oportunidade de ministrar uma oficina no Sesc e consequentemente conhecer
a tão falada Ribeirão Preto, seja sua fama dada por ser uma metrópole do
interior, pelo Chopp Pinguim, pelo campus da USP ou por tantas e tantas outras
referencias dessa terra dos antigos barões do café.
A
Califórnia brasileira, como intitulada pelos locais, é mesmo muito quente!
Claro que meu anfitrião errou suas previsões:
-Ah,
desde que eu moro aqui nunca vir cair uma gota de chuva do céu em Agosto!
Pois
bem, eu trouxe a chuva (rsrsrs). E por falar em anfitrião, é por isso que digo
que muitos brasileiros não sabem aproveitar nosso país, pois muitos fazem um
turismo meramente contemplativo no nosso país, ou seja, pouco se importam com a
vida da comunidade local.
Turismo
contemplativo por contemplativo eu concordo que ver as ruinas gregas é melhor
do que ver a selva de pedra paulistana. Mas, quando se vivencia o espaço, o
turismo deixa de ser o quesito capital e torna-se o quesito humano.
Por
essa razão que a convite de meu anfitrião decidi fazer uso mais uma vez da
Hospedagem Solidária (to ficando craque nisso rsrs). Já havia usado o mesmo
modelo de hospedagem em Curitiba/PR e tive uma experiência incrível, logo,
decidi apostar novamente.
Bom,
de tantas historias que vivi nos 3 dias que fiquei em Ribeirão, deixe-me contar
as mais curiosas e inusitadas que vivenciei.
Primeiro
que ribeirão tem um ritmo que é só nosso!
Calma, não é piada. A frota urbana de transporte publico intitula-se Ritmo e o
cartão de embarque chama-se Nosso (que por sinal, sem ele não se anda no
transporte publico, uma vez que os ônibus não tem cobrador). Logo, conclui,
junto com meu anfitrião, que Ribeirão
vive em um ritmo que é só nosso!
O
que mais contar da terra do pé vermelho que tem uma rivalidade eterna com
Franca/SP, que tem em uma das ruas do seu centro uma arvore de chiclete e que
os ônibus andam alucinados no inicio da madrugada?
Fazenda Monte Alegre- Atual Campus da USP |
Curiosidades,
particularidades e características que não se pode ter conhecimento em apenas
um dia de passeio pelos pontos mais visitados. O Quarteirão Paulista, o Teatro
Municipal, a Praça XV de Novembro, a fazenda Monte Alegre e tantos outros locais
que recebem visitantes que nem sequer sabem que naquela cidade há um ambiente multicultural
pronto para ser explorado.
Não
fiquei por muitos dias em Ribeirão, mas andei pelos grandes fluxos e também
pelos roteiros alternativos, seja na Pizzaria Bela Dora, ou no Restaurante
Canaã ao Bar A2 da tão querida amiga Clarice, pude vivenciar o estilo
ribeirão-pretano.
E
de conversas em conversas fui obtendo mais e mais conhecimento sobre essa
terra, seja pelos taxistas que adoram conversar as pessoas que gentilmente contribuíram
com suas opiniões em minha oficina.
Viagens
vêm e vão, mas o que nos levamos no momento em que fechamos nossa bagagem não são
somente nossos pertences, mas sim, um pedacinho de cada um que contribuiu com
nossa permanência!
“Seu
Ritmo, meu Ritmo e Nosso Ritmo!”
Agradeço
imensamente ao Vitor, meu anfitrião, e um novo amigo que levo em minha bagagem
por este mundo afora!
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