Sempre
ouvi falar na faculdade e também nas conversas entre amigos, mas nunca tinha
feito uso. O pessoal fala bastante do CouchSurfing, mas eu nunca tinha
pesquisado sobre e nem me aprofundado na temática. Mas, há umas três semanas
atrás eu vivenciei a hospedagem solidária.
Ao
participar de um evento em Curitiba/PR eu me propus a experimentar novas
vivencias. O evento fazia uma ponte entre as famílias que queriam receber e os
participantes que queriam usar uma hospedagem solidária.
Basicamente,
eu preenchi um questionário online sobre minhas características, como por
exemplo: gênero, alergias, tabagismo e outras coisas que permitiram eles
cruzarem os dados e sugerir qual seria o melhor local para eu ficar. Assim,
eles me mandaram o contato da pessoa que iria me acolher.
Eu
nunca tinha ido a Curitiba, nem sequer conhecia uma pessoa lá, então estava
dando um tiro no escuro. Mas, a pessoa que iria me acolher, bem antes de eu ir,
já foi me dando vários toques, o que levar na mala, como estava o clima, qual
era a sua dinâmica diária, com quem vivia e etc.
Antes
mesmo de ir, já me sentia um curitibano, pois a minha anfitriã me explicará
tudo.
Assim,
quando chegou o dia de eu ir, a anfitriã me passou quais ônibus eu deveria
pegar para chegar a sua casa, quais itinerários e até para onde não ir ela me
avisou. Engraçado é que mesmo não tendo chego a Curitiba, ela me perguntava
onde eu estava, se eu estava bem e que horas eu chegava.... Bom já me sentia da
família, antes mesmo de chegar.
Ao
chegar a sua casa, a primeira visão foi de estranhamento por minha parte, pois
não a conhecia e iria ficar 5 dias na casa de pessoas desconhecidas. Mas, logo
nos primeiros minutos ela já foi me mostrando a casa, os macetes do lar e o
quarto onde eu iria ficar.
De
modo geral, a experiência foi super bacana, pois a anfitriã me colocava em seus
compromissos, me levava para as reuniões dela... Então, por 5 dias eu tive o
verdadeiro sentido do turismo vivencial, participante ou como queiram chamar.
Isso
foi essencial, pois só assim tive a oportunidade de conhecer Curitiba não somente
com um olhar de turista, mas sim como um olhar de quem mora ali, tem que pegar ônibus,
ir ao mercado, andar pelas ruas e etc.
Portanto,
todo aquele meu receio de me aventurar na casa de estranhos se tornou em uma
verdadeira e autentica experiência turística, pois aprendi cada coisa, fiz vários
amigos e pude compreender o próximo.
Se
o turismo se espelha-se na convivência com o autóctone, não só na experiência pura
em explorar seus traços culturais, mais sim, vivencia-los, exercita-los e
fazer-se presente no meio deles por meio da compreensão de seus hábitos, talvez
assim, a lógica da atividade turística fosse diferente.
Então,
se você está sem dinheiro e/ou a fim de conhecer uma comunidade de outra forma,
aproveite as hospedagens solidárias. Mas lembre-se, saiba respeitar o próximo para
ser respeitado.
Comentários
Postar um comentário