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Entrevista: Caminhos do Turismo para Joanópolis com Luiz Ferraz

Em época de eleições ouvimos sempre alguns candidatos levantarem algumas bandeiras, sejam essas sobre o turismo, educação, segurança, saúde, cultura, etc. Mas, como um bom turismólogo inquieto, nessas eleições resolvi realmente entender mais o que essas bandeiras carregam e disponibilizar os espaços da ATHour para o debate acerca do turismo.

Há algumas semanas convidei o Professor Luiz Ferráz, candidato à reeleição a vereador, para uma Live (se ainda não viunossa live clique aqui) na qual discutimos nossas ideias para o turismo de Joanópolis.

Agora, de forma resumida, mas garanto a vocês que a live vale cada segundo da sua atenção, o professor e vereador conta pra gente suas propostas e pensamentos sobre o turismo joanópolense.

Acompanhe:

 

·         Como estava caracterizado o turismo em Joanópolis antes da pandemia?

Acredito que o turismo em Joanópolis antes da pandemia vinha em total ascendência, mesmo com alguns problemas de receptividade e organização. O calendário de eventos do município era bem completo, abrangia atrações para diversos públicos, os eventos atraiam diversas pessoas, além de termos uma boa divulgação no portal e nas mídias. Certamente que levaremos algum tempo para voltarmos ao normal, para que as pessoas se sintam seguras novamente, para ir a locais e eventos aglomerados, o que é absolutamente compreensível. Apesar de que mesmo em pleno auge da pandemia, muitas pessoas insistiam em vir para cá, levando o atual administrador Mauro Garcia a tomar algumas medidas restritivas de acesso. A realidade é outra, mas pelo fato de Joanópolis ser uma cidade com poucos habitantes, interiorana, longe das grandes cidades, vejo que muitas pessoas têm buscado aqui como “refúgio”, logo é evidente que o turismo não parou. As pessoas ainda se dirigem para Joanópolis com o intuito de descansar, de apreciar a natureza, a nossa gastronomia que é forte, os passeios em locais afastados, os hotéis e pousadas. Nesse momento, ainda em meio a pandemia, o turismo tem outra cara, o ritmo é outro, porque é preciso manter os cuidados essenciais, já que hoje o contato físico, os ambientes lotados, não são recomendados. E isso também é pensar no turista e no visitante.

 

·         Professor, quais são os nossos pontos fortes no turismo?

Fica evidente que o nosso maior ponto forte são as belezas naturais, cachoeiras, montanhas e as belas paisagens. Temos a gastronomia local, os produtos artesanais, como doces caseiros, queijos, cachaças. A cachoeira dos Pretos e o Gigante Adormecido são belíssimos exemplos de pontos fortes. Ainda temos atividades de ecoturismo e esportes de aventura e o nosso famoso lobisomem, que está presente em muitas casas, comércios e pontos turísticos. Podemos citar também, eventos de música, dança, circo, teatro, entre outros eventos, e isso atrai muitos visitantes e turistas. Temos também o recém-inaugurado Museu que virá com exposições culturais e históricas, ainda temos a casa do lobisomem que chama muito a atenção das pessoas.

 

·         Que projetos o senhor visualiza para o turismo?

Acredito que temos que estudar e entender melhor qual o perfil do turista que vem para Joanópolis, idade, gênero, o grau de escolaridade, quais as preferencias, o estilo de vida, o que ele procura em Joanópolis etc. A partir destas informações, podemos pensar em um turismo mais focado para atender as expectativas desse público. Além disso temos no plano de governo a implantação do observatório turístico (site com todas as informações sobre turismo). É evidente a necessidade de investimentos na receptividade, preparando melhor os proprietários e os funcionários que trabalham diretamente com os turistas, ainda precisamos organizar melhor os horários de funcionamento dos comércios que são essências na receptividade destes turistas, lembrando que o turista gera recursos para a cidade e, consequentemente desenvolvimento. Algumas de minhas propostas são a criação do Observatório turístico(plano de governo do Mauro) implantar os mirantes de contemplação em diversos pontos estratégicos, inclusive na Cachoeira dos Pretos, devemos mapear os fabricantes de queijo e aguardente criando uma rota turística, cadastrar as igrejas da zona rural e criar uma rota turístico religiosa, implantar cursos preparatórios para guia turístico e de trilhas, instalar uma agência de turismo vinculada à secretaria de turismo, melhorar as estradas que dão acesso a Extrema, Monte Verde e São Francisco Xavier, revitalizar pontos turísticos não explorados, como as fazendas do café Izzo, a fazenda São Luiz e a Usina Hidrelétrica do Can-Can; a praça deve ser um centro gastronômico, melhorar a divulgação dos eventos de ciclismo, corrida de rua e trilhas, e turismo rural por meio de parcerias com a prefeitura, pousadas e hotéis. Incluir os casarões antigos da cidade e da zona rural em um roteiro turístico e revitalizar as casas próximas do centro.

 

·         Por que ainda não melhoramos? Quais os desafios?

Ainda não melhoramos, pois ao meu ver, a principal dificuldade passa pela conscientização geral dos setores públicos e privados, que precisamos respirar, viver e abraçar o turismo como uma forma importante de geração de renda para o município,  precisamos entender o nosso potencial, e explorar o turismo como um verdadeiro meio de geração de divisas, com isso teremos recursos próprios para os devidos investimentos, em saúde, educação, infraestrutura, cultura, arte entre outros, fechando assim o ciclo turístico. Deixo claro que a participação de todos é de extrema importância.

 

Discutir o turismo é necessário, principalmente ouvindo outras vozes. Por isso, deixe aqui nos comentários o que para você deveria estar nos projetos e propostas para o turismo nesta eleição?

 

Até a próxima.

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