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Paris, Barcelona, Frankfurt, Copenhague e Veneza: Os horrores e amores no Airbnb

Os modelos de hospedagem evoluíram muito nos últimos anos, mas em contrapartida, os serviços sofreram uma grande decadência.  Vivemos a ascensão dos hostels, que alteram os modos de se hospedar e se servir.
Depois tivemos o “boom” das hospedagens solidárias, como o couchsurfing, por exemplo.  E agora vivemos a era do Airbnb. Bom, deixem me contar minhas experiências: Eu usei o Airbnb em Paris, Barcelona, Frankfurt, Copenhague e Veneza, nesses 5 destinos tive experiências engrandecedoras e desanimadoras.
Primeiro, vou lhe explicar por qual motivo o Airbnb nasceu. A ideia surgiu em ofertar as famílias que possuíam um quartinho vazio a possibilidade de aluga-lo e fazer aquela graninha para ajudar nas contas do mês. Em outro ponto, está o viajante, que consegue baratear os custos de viagem.
Mas além desses dois princípios, existe a troca de experiências, base principal do couchsurfing. A troca de experiências permite que viajantes e locais troquem ideias, conselhos e experiências e criem um turismo mais humano e sustentável... Mas, não é isso que está ocorrendo.
Das 5 propriedades que visitei, somente duas (Frankfurt e Copenhague) segue os princípios iniciais dos Airbnb. As outras são casas transformadas em hotéis, quartos transformados em hotels e fachadas que escondem o verdadeiro intuito do turismo social, comunitário e sustentável.
Em Paris eu e umas amigas ficamos em uma propriedade um pouco mais afastado do centro. Mas no entanto, toda comunicação entre nós e o proprietário fora feito online, ele nos avisou onde deixaria as chaves, a normas da casa, check in e check out. Ficamos literalmente sozinhos na propriedade durante 3 noites e depois seguimos as instruções do proprietário para a saída.
Já em Barcelona a historia foi outra, o anfitrião detém uma flat no centro de Barcelona e aluga os 4 quartos para o Airbnb. De espaços pequenos, cozinha, banheiro e sala compartilhada, regras de convivência e endereço falso, o proprietário literalmente, criou um hostel que não paga impostos e engana viajantes pelo mundo afora.  Até porque em Barcelona a pratica do Airbnb tem serias restrições.
Em Frankfurt a experiência foi mais positiva, o Anfitrião mora no prédio, no entanto, ele hospeda os viajantes em outro andar. Então tivemos um contato real com o anfitrião e discutimos sobre nossa viagem.
Em Viena foi bem parecida com o de Barcelona, pois o anfitrião possui uma casa, na qual aluga os quartos, mas, no entanto essas informações estavam expostas no site do Airbnb e o anfitrião fez questão de estar lá quando eu cheguei.
Em Copenhague tivemos uma das melhores experiências de Airbnb, o Anfitrião realmente vive na casa e, ele hospeda os viajantes em seu “porão”, que na realidade é um espaço super arejado, iluminado e acessível. E além disso, o anfitrião se sentou com a gente, compartilhou suas historias e nos explicou como se virar em território dinamarquês.
O Airbnb sem sombra de dúvidas pode diminuir os custos de sua viagem, oferecer uma experiência incrível, mas em outro ponto, pode te trazer muita dor de cabeça e algumas noites sem dormir.
Por isso, pesquise bem antes de fechar com o anfitrião e, ai vai uma dica, leia os comentários de outros viajantes, pois eles são essenciais para evitar problemas.  E boa viagem!



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