Já
estou nos ultimos passos do segundo ano de faculdade de Turismo (em breve faço
um post sobre este ano acadêmico e social), mas alguns pensamentos ainda rondam
a minha cabeça.
O
fim de semestre nos deixa loucos, ficamos paranóicos, acreditamos que nada que
fazemos está bom e que não será suficiente para alcançar a média para ser
aprovado na disciplina. Mas ser aprovado por quê? Pra quem? Pra quando?
Às
vezes me pergunto qual o motivo de termos que estudar? Porque que quando
estamos no ensino médio somos treinados feitos robôs para decorar fórmulas e
conceitos que só vamos utilizar em poucos momentos da vida e, o maior deles é o
tão temido VESTIBULAR.
Na
realidade interpreto o momento pré-faculdade como uma máfia de ganhar dinheiro,
pois afinal, tem cursinho especifico de cada curso em um lugar, curso geral em
outro, aulas extras na escola, livros e mais livros sobre como entrar na
faculdade e sites inquietantes que roubam inúmeras horas do seu dia com vídeos e
textos sobre como mandar bem na “primeira fase da sua vida”.
E quando menciono em aspas a “primeira fase da
sua vida” é porque sempre cresci e ouvia que tinha que entrar na faculdade e
que minha vida começaria por meio dela. Mas tudo isso por quê? Será que por que
assim eu teria emprego? Não seria mais um desempregado que vive à custa do
governo?
Talvez
esta seja a então lógica dominante que nossa sociedade vive, mas não para criar
a pátria Educadora, mas sim para criar a pátria alfabetizada, ou melhor, a
pátria com possíveis probabilidades de emprego, e quando menciono a probabilidade
de emprego é algo real, pois ter um diploma de nível superior não garante que
no primeiro mês de formado você esteja lavando pratos em um restaurante (digo
isso, pois nos discursos dos graduandos nunca vi um que dizia que o sonho
é sair da faculdade e ir lavar pratos).
Interessante
também que a máfia da educação não está presente somente no período do
Vestibular, mas após ele também. Vejamos quantas instituições privadas de nível
superior temos, quantas de nível técnico, tudo isso para que? Lançar mais e
mais pessoas no mercado de trabalho, para que essas virem números, estatísticas
de governo para explanar o quanto o Brasil é um pais alfabetizado, mas e o
emprego? Tem para todos? E a qualidade do ensino? Como esta? Ou ainda veremos
mais e mais “acidentes” dentro dos hospitais, rompimento de barragens, erros
administrativos, e por ai vai...
Durante
a graduação perdemos horas de sono, nos matamos para ir bem nas provas,
deixamos de comer, nos afastamos da família, dos amigos, da vida social,
passamos feriados estudando, ou , sem poder voltar para casa, tudo isso para
alcançar um sonho. Mas esse sonho é de quem? É meu? É Seu? Ou é do sistema que
diz que temos que escolher uma profissão quando temos apenas 16, 17 ou 18 anos
de idade.
As
respostas para esses questionamentos eu não sei, apenas possuo suposições.
Algum dia vi um post de uma amiga, a teoria dela é bem apocalíptica, mas deixo
a reflexão. Do que vale passar horas e horas estudando se ligamos a televisão e
vemos a Terra morrendo, ou a nossa raça se matando em atentados e guerras?
Sobre
a ordem do mundo, não sabemos como chegamos aqui, muito menos os motivos que
nos trouxeram aqui, mas só sabemos que temos que seguir nessa ideologia. Mas
até quando?
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