Imagem Retirada da Internet- Global Culture |
A sociedade atual é
marcada pelo desenvolvimento tecnológico assimétrico, dado pelas inúmeras
invenções e os aprimoramentos do âmbito técnico/cientifico, que por sua vez
obriga a população a se adequar aos novos padrões de vida e de conhecimento.
Neste percurso de
transformações vividas pela população alguns hábitos são obrigados a se transformar
ou simplesmente deixar de existir. Um exemplo desses hábitos, ou melhor, desses
costumes e valores que são atingidos, são os traços culturais de um determinado
grupo de pessoas.
O desenvolvimento
oprime os traços culturais tradicionais com o pretexto de levar o
desenvolvimento, reinventar e aperfeiçoar os modos de vida. De certa forma é
visível que essa opressão e degradação não são diagnosticadas no primeiro
instante, mas ela pode ser aferida ao longo de muitos anos.
O fato é que o
progresso gera novas formas de emprego, ditando novos produtos, propõem padrões
sociais em todos os âmbitos e, em especial, utiliza os meios de comunicação
como forma de vender anseios e formar ideias.
Assim, é neste contexto
que se insere o assunto principal, a Degradação
Cultural. A cultura, em síntese, é parcialmente pertencente a um
determinado grupo, seja uma cidade, um estado ou um país, tal grupo possui os
mecanismos para disseminar e transmitir os seus traços culturais para as
futuras gerações.
Mas tal síntese só poderia
funcionar integralmente se não houvesse um processo de evolução chamado “progresso”.
Como mencionado anteriormente, um dos mecanismos que o progresso aprimorou foi
a comunicação, e assim ela tem como principal intuito de vender anseios e
formar ideias.
Os traços culturais que,
posteriormente, encontravam-se consolidados, dado pela baixa interação com os
outros povos ou também pela não existência de tantos habitantes no mundo, agora
se encontram fragilizados e dependentes de algumas pessoas ou organizações que
perpetuem, preservem e transmitam os seus traços culturais.
É claro que qualquer
coisa pode ser utilizada para o bem, como pode ser utilizado para o mal. No
caso da mídia atrelada ao turismo, ela tem como função divulgar novos lugares,
novas culturas, hábitos e modos de vida. Não obstante, ela pode vender e
conceituar uma ideia nas cabeças menos instruídas, que o produto ou costume
mostrado é o certo ou é o melhor caminho.
Imagem retirada da Internet- Livro A Invasão Cultural Norte-Americana |
Um exemplo clássico
desse efeito de culturas em detrimento é o caso da invasão da cultura norte
americana no Brasil. A invasão cultural é dada pela forte divulgação midiática,
bem como a indústria do cinema e pelo fato da maioria dos produtos serem provenientes
da grande potência.
Certamente, torna-se
importante ressaltar que essas mesmas pessoas não possuem a base cultural que
seus pais ou avós tiveram. A nova geração é a principal vitima da influencia de
outras culturas na sua vida, visto a não continuidade do processo de
transmissão cultural dos avos aos netos ou dos pais aos filhos.
Sem esse embasamento
cultural, as novas gerações encontram-se desnorteadas. Assim, visualizando
novas culturas elas acabam criando a sua própria. Dessa forma, cria-se uma
sociedade fragilizada, sem identidade cultural e que. Possivelmente. o
conhecimento sobre as antigas manifestações culturais serão privilégios de
alguns poucos curiosos, pesquisadores ou membros de antigas famílias
tradicionais.
É nesse contexto que se
insere a importância do turismo planejado. Quando realizado de forma pensada no
bem estar da população e do visitante, o turismo pode ser uma vertente de
comunicação capaz de transmitir, perpetuar e preservar os traços culturais.
Mas para que isso ocorra
é necessária a realização de algo que foi mencionado anteriormente: que o grupo
receptor e o grupo visitante tenham em mente as suas raízes, ou seja, a sua
essência, o seu modo de viver .
Se ambas as partes
tiverem em mente que àquele contato com outra cultura tem como intuito o
conhecimento, possivelmente os danos com degradação cultural serão inferiores
ou quase inexistentes.
Muitos estudiosos do
campo do turismo acreditam que a cultura não se faz, ela se resgata e se
preserva. Não existe impor uma manifestação cultural a uma cidade, sendo que
não é de origem dela, ou seja, é o simples fato de realizar uma festa ou
comemoração das inúmeras revoltas do período regencial em um município que não
foi palco das mesmas.
Por conta disso é que a
própria população aceita tudo o que é proposto, pois ela não possui o
conhecimento da sua verdadeira origem ou, caso possua, não existe a sua
manifestação no cotidiano.
Basicamente, ela não
sabe de onde veio. Assim, chega-se a uma máxima da história “para entender o
presente é necessário compreender o passado para seguir ao futuro”.
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