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O Velho mundo se tornou o novo mundo

Ponte das Correntes
 Nunca sei se os autores de artigos devem contar o que eles passam, mas como sou um autor de turismo e hotelaria, penso que minhas experiências podem ser triviais para passar meu conhecimento e desmoralizar paradigmas.
Bom, como alguns sabem, estou vivendo um tempo aqui na Hungria, o país é lindo, tem culturas diferentes, pessoas diferentes e, sobretudo, hábitos completamente diferentes do que vivemos no Brasil.
Minha função aqui não é desmoralizar nossa nação, até porque temos muitas coisas boas e coisas a melhorar em nosso país. Mas vamos falar sobre a Hungria e sobre a minha viagem que garanto que vocês terão outra visão.
Rio Danubio
O Brasil é conhecido internacionalmente, agora pela Copa, pelas Olimpíadas e às vezes me falam do Samba e do Carnaval. Mas sim, nesses poucos dias que estou aqui, não teve uma pessoa que não me perguntou sobre estes dois eventos esportivos.
A língua oficial da Hungria é o húngaro, e como dizia Chico Buarque "a única língua do mundo que, segundo as más línguas, o diabo respeita", pois bem, a língua é muito difícil. Mas aí vem o questionamento, então vou falar o quê? O inglês, oras. Mas não sei falar muito bem o inglês, o que eu faço?
Aprendi uma coisa muito precisa nesses dias aqui, se você sabe o básico as pessoas te ajudam, claro que tem umas que não querem nem te ver pintado de verde amarelo, mas existem pessoas que tem paciência e procuram o máximo possível te entender.
Igreja de São Mathias
E quando falo pintado de verde e amarelo, digo pelo fato dos brasileiros serem bem vistos aqui, sim, nós somos. Quando falo a alguém que sou brasileiro vejo um sorriso diferenciado no rosto deles.
Tudo bem, já contei as maravilhas do novo mundo, mas o que o Brasil tem a oferecer de diferente?
Bom, parece clichê, mas nossa hospitalidade é irrefutável, nosso jeito de receber e hospedar, o modo como fazemos amigos. Não sou a pessoa que tem mais facilidade de fazer amigos no mundo, mais cheguei há cinco dias, e já fiz bons amigos, mas vejo pessoas de outras nacionalidades não tão entrosadas aqui.

Enfim, este texto foi para dizer a vocês que temos nossos altos e baixos, mas eles nos tornam brasileiros e dignos de carregar nossas bandeiras pelas ruas de Budapeste e do Mundo!





Ponte da Liberdade
Artigo Publicado na Revista Bragantina On Line: 
GONÇALVES, L.G.M. O velho mundo se tornou o novo mundo. Revista Eletrônica Bragantina On Line. Joanópolis, n.59, p. 7-8, set. 2016.

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